Lembra do último processo seletivo que participou? Como foi o recebimento do feedback? E por que será que você não foi o escolhido?

É um tema constante nas conversas sobre a participação nos processos seletivos o não recebimento de um retorno por parte das empresas, o que deixa os candidatos em estado de ansiedade e com o sentimento de não saber onde “errou” ou o que deixou passar durante a entrevista, quando não, um sentimento de injustiça…

O retorno é uma atitude de respeito para com o candidato e uma obrigação da empresa, mesmo que seja por e-mail. Em muitos processos o retorno por e-mail acontece porque o profissional que conduz a seleção recebe mais de mil inscrições para uma única vaga e atua com dezenas, centenas de candidatos ao mesmo tempo.  Embora o ideal seja o retorno pessoal para cada profissional, por uma questão de otimização de tempo e custo, o retorno por e-mail pode ocorrer.

Se isso aconteceu e você sentir a necessidade de obter um feedback mais pessoal sobre a sua participação no processo, saiba que tem este direito e o peça. Esteja aberto e faça deste momento uma oportunidade para evoluir na carreira.

                                              Seleção 2

Mas é importante saber que existem diversas variáveis que influenciam na escolha do profissional mais indicado para a vaga. O selecionador irá avaliar:

– As habilidades e conhecimentos dos profissionais, a experiência técnica que ele possui, se atende aos requisitos da vaga.

– O motivo da saída das empresas ou o porquê de se estar pleiteando uma nova colocação, caso esteja empregado.

– As perspectivas de desenvolvimento do profissional e se elas são compatíveis com o que a empresa pode oferecer. Muitas vezes a expectativa de crescimento do profissional é bem mais elevada…

– O desempenho do candidato nas avaliações psicotécnicas.

– As suas competências comportamentais.

– A possibilidade de adaptação à cultura da empresa, ao seu ritmo intenso ou mais lento, onde os processos e mudanças acontecem a todo momento, ou acontecem ocasionalmente.

– A capacidade de interação com a equipe com que ele irá trabalhar. Cada equipe tem uma sinergia singular, que lhe é própria e que faz com que o grupo funcione de uma determinada maneira. Será que o candidato irá se adaptar a ela?

– A capacidade de adaptação ao estilo do futuro Gestor, se haverá possibilidade de uma interação positiva entre ambos.

Todas estas variáveis são levadas em conta na escolha do candidato, por isso esqueça o mito de que nos processos seletivos, o melhor candidato é o escolhido. Tem que haver compatibilidade e é importante para o selecionador encontrar estas características nos candidatos.

Tenha em mente: feedback não é saber se você agiu certo o errado durante o processo, ou se é um profissional bom ou ruim. Mas sim,  saber se você é  o mais adequado ou não para aquela posição.

 

 Por Thaís Obata